quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Vida Abundante

Vida Abundante


Eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância. João 10:10.
Não pode haver coisa como uma vida mesquinha, para toda e qualquer pessoa unida a Cristo. Os que amam a Jesus de coração, espírito e alma, e a seu próximo como a si mesmos, têm campo vasto no qual empregar sua habilidade e influência. Não existe talento para ser usado em satisfações egoístas. O próprio eu tem de morrer, e nossa vida ser escondida com Cristo em Deus.
O Senhor deseja que avaliemos nossa vida de acordo com a estimativa — até onde o possamos entender — em que Cristo a tem. … Jesus morreu para que pudesse remir o homem da ruína eterna. Devemos, pois, ter-nos na conta de uma propriedade adquirida. “Não sois de vós mesmos. … Fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” 1 Coríntios 6:19, 20. Todas as nossas faculdades de espírito, mente e corpo pertencem ao Senhor. Nosso tempo a Ele pertence. Devemos colocar-nos, com efeito, na melhor condição possível para fazer o Seu serviço, mantendo-nos constantemente em contato com Cristo, e ponderando dia a dia no custoso sacrifício feito por nós, a fim de que nEle fôssemos feitos justiça de Deus. Assim devemos crescer até chegarmos à plena estatura de homens e mulheres em Cristo Jesus.
Os que se esvaziam de si mesmos, os refletidos e conscienciosos, não podem erguer os olhos a Cristo, o Salvador vivo, sem uma intuição de reverência e da mais profunda humildade. Contemplar continuamente a Jesus tornará a alma viva em Deus. Amaremos a Jesus, amaremos o Pai que O enviou ao mundo, pois O veremos numa luz maravilhosa, cheio de graça e verdade. Jesus declara: “Todas as coisas Me foram entregues por Meu Pai.” Mateus 11:27. “É-Me dado todo o poder no Céu e na Terra.” Mateus 28:18. Para quê? Para que pudesse dar dons aos homens, a fim de que coloquem todas as suas faculdades sob o tributo de tornar conhecido o maravilhoso amor com que nos amou.
Quando estimarmos todos os nossos talentos à luz da Cruz do Calvário, viveremos de tal forma por Cristo, e de tal forma faremos brilhar nossa luz perante os homens, que nossa vida nunca mais nos parecerá circunscrita, estreita. Quem pode calcular o valor de uma pessoa?
Ellen G. White, Nos Lugares Celestiais, pág 58.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Se Eu Pudesse Voltar no Tempo


Contenha o seu choro e as suas lágrimas, pois o seu sofrimento será recompensado”, declara o Senhor. “Eles voltarão da terra do inimigo. Por isso há esperança para o seu futuro”, declara o Senhor. “Seus filhos voltarão para a sua pátria.” Jeremias 31:16, 17

A paternidade talvez seja a função mais importante que nós possamos ser chamados a desempenhar, como também a mais difícil. Há livros aos montes, e uma quantidade infinita de manuais, escritos por indivíduos que têm certeza de que possuem todas as respostas – até nascerem os próprios filhos!

Certa vez, há muitos anos, Noelene e eu fomos convidados a realizar um seminário sobre família. Não temos treinamento profissional nessa área, mas aceitamos. Acho que o seminário foi considerado útil, pois depois disso recebemos vários convites para realizar o mesmo seminário em outros lugares. Atuamos nessa área por algum tempo, mas depois decidimos parar. Na época em que nossos filhos entraram na adolescência, descobrimos que nossas antigas respostas não funcionavam da maneira que deveriam.

Penso na maneira com que os cristãos tentam administrar o lar e criar os filhos. Penso na maneira com que Noelene e eu estabelecemos nosso lar e criamos nossa família. Olho ao redor e me recordo do passado. As únicas palavras que me veem à mente são: amor (claro), respeito, autoridade, obediência, recompensa e punição. Mas não me recordo muito da graça. Ah, a graça estava lá, mas não como o princípio áureo, aquele que rege todos os outros. Não era costume agirmos como Cristo agiu e ainda age conosco – certamente não da minha parte. Geralmente estávamos muito preocupados em ter uma família “boa” e “correta”; afinal, eu era pastor, Noelene era mulher de pastor, e Terry e Julie, filhos de pastor. Noelene e eu nos mantivemos fiéis um ao outro e nossos filhos se comportaram bem.

Tivemos uma família feliz, mas, se pudesse, eu gostaria de ter a oportunidade de fazer tudo de novo. Gostaria de servir mais em vez de ficar tão preocupado com as minhas próprias necessidades. Gostaria de ser mais generoso para que meus filhos pudessem entender melhor a generosidade infinita de Deus. Gostaria de jogar fora para sempre os sentimentos terrivelmente egoístas. Tentaria ajudar Terry e Julie a compreender, sem deixar a menor sombra de dúvida em sua mente, que a despeito de qualquer coisa que fizerem, qualquer lugar que frequentarem, nosso amor por eles jamais diminuirá, que sempre terão um lugar em nossa casa preparado para eles, dia e noite. E que temos orgulho deles, e assim sempre será.

Ref. http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/medmat/2012/frmd2012.html#14
Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Por ventura a fé pode salvá-lo? E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, e algum de vós disser: ide em  paz, aquentai-vos e fartai-vos, e lhe não derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? Assim, também, a fé, se não tiver as obras é Morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Tu crês que há um Deus; fazes bem: também os demónios o crêem, e estremecem.
Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta? Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaac? (Génesis. 22)
Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que, pelas obras, a fé foi aperfeiçoada. E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus. Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé.
E, de igual modo, Raab, a prostituta, não foi, também, justificada pelas obras, quando recolheu os emissários e os despediu por outro caminho? (Josué.2)
Porque, assim como o corpo, sem o espírito(fôlego de vida), está morto, assim, também, a fé, sem obras, é morta.
Tg.2.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

DOCUMENTO SOBRE A OBSERVÂNCIA DO SÁBADO

DOCUMENTO SOBRE A OBSERVÂNCIA DO SÁBADO

A Igreja Adventista do Sétimo Dia reconhece o sábado como sinal distintivo de lealdade a Deus (Êx 20:8-11; 31:13-17; Ez 20:12, 20), cuja observância é pertinente a todos os seres humanos em todas as épocas e lugares (Is 56:1-7; Mc 2:27). Quando Deus “descansou” no sétimo dia da semana da criação, Ele também “santificou” e “abençoou” esse dia (Gn 2:2, 3), separando-o para uso sagrado e transformando-o em um canal de bênçãos para a humanidade. Aceitando o convite para deixar de lado seus “próprios interesses” durante o sábado (Is 58:13), os filhos de Deus observam esse dia como uma importante expressão da justificação pela fé em Cristo (Hb 4:4-11).

A observância do sábado é enunciada em Isaías 58:13, 14 nos seguintes termos: “Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no Meu santo dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no Senhor.” Com base nesses princípios, a Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia reafirma neste documento seu compromisso com a fidelidade à observância do sábado.

Vida de santificação. A verdadeira observância do sábado se fundamenta em uma vida santificada pela graça de Cristo (Ez 20:12, 20); pois, “a fim de santificar o sábado, os homens precisam ser santos” (O Desejado de Todas as Nações, p. 283).

Crescimento espiritual. Como “um elo de ouro que nos une a Deus” (Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 352), o sábado provê um contato mais próximo de Deus. Como tal, não devemos permitir que outras atividades, por mais nobres que sejam, enfraqueçam nossa comunhão com Deus nesse dia.

Preparação para o sábado. Antes do pôr do sol da sexta-feira (cf. Lv 23:32; Dt 16:6; Ne 13:19), as atividades seculares devem ser interrompidas (cf. Ne 13:13-22); a casa deve estar limpa e arrumada; as roupas, lavadas e passadas; os alimentos, devidamente providenciados (cf. Êx 16:22-30); e os membros da família, já prontos.

Início e término do sábado. O sábado é um dia de especial comunhão com Deus, e deve ser iniciado e terminado com breves e atrativos cultos de pôr do sol, com a participação dos membros da família. Nessas ocasiões, é oportuno cantar alguns hinos, ler uma passagem bíblica, seguida de comentários pertinentes, e expressar gratidão a Deus em oração. (Ver Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 356-359.)

Pessoas sob nossa influência. O quarto mandamento do Decálogo orienta que, no sábado, todas as pessoas sob nossa influência devem ser dispensadas das atividades seculares (Êx 20:10). Isso implica os demais membros da família, bem como os empregados e hóspedes; que também sejam estimulados a observar o sábado.

Espírito de comunhão. Como dia por excelência de comunhão com Deus (Ez 20:12, 20), o sábado deve se caracterizar por um prazeroso e alegre compromisso com as prioridades espirituais, com momentos especiais de leitura da Bíblia, oração e, se possível, de contato com a natureza (cf. At 16:13). Esse compromisso deverá ser mantido na escolha dos assuntos abordados também em nossos diálogos informais com familiares e amigos.

Reuniões da igreja. Somos admoestados a não deixar “de congregar-nos, como é costume de alguns” (Hb 10:25). Portanto, as programações e atividades regulares da igreja aos sábados devem ter precedência sobre outros compromissos pessoais e sociais, mesmo que estes sejam pertinentes para o sábado.

Casamentos e festas. O convite para deixar de lado nossos “próprios interesses” no sábado (Is 58:13) indica que casamentos e festas, incluindo seus devidos preparativos, devem ser realizados fora desse período sagrado. Casamentos e algumas festas mais suntuosas não devem ser planejados para os sábados à noite, pois seus preparativos envolvem expectativas e atividades não condizentes com o espírito de comunhão com Deus.

Mídia secular. A mídia secular, em todas as suas formas, deve ser deixada de lado durante as horas do sábado, para que este, rompendo com a rotina da vida, possa ser um dia “deleitoso e santo” (Is 58:13).

Esportes e lazer. Muitas atividades esportivas e de lazer, aceitáveis durante a semana, não são condizentes com a observância do sábado, pois desviam a mente das questões espirituais (Is 58:13).

Horas de sono. A Bíblia define o sábado como dia de “repouso solene” (Êx 31:15), e não como dia de recuperar o sono atrasado da semana. Ricas bênçãos advirão de levantar cedo no sábado, dedicando esse dia ao serviço do Senhor. (Ver Conselhos Sobre a Escola Sabatina, p. 170.)

Viagens. A realização de viagens por questões de trabalho ou interesses particulares é imprópria para o sábado. Existem, porém, ocasiões excepcionais em que se torna necessário viajar no sábado para atender a algum compromisso religioso ou situações emergenciais. Sempre que possível, os devidos preparativos, incluindo a compra de passagens e o abastecimento de combustível, devem ser feitos com a devida antecedência. (Ver Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 359, 360.)

Excursões e acampamentos. A realização de excursões e acampamentos pode promover a socialização cristã (cf. Sl 42:4). Mas seus organizadores e demais participantes devem chegar ao devido local antes do início do sábado e montar sua estrutura, incluindo suas barracas, de modo que o santo dia possa ser observado segundo o mandamento. Além disso, as atividades durante as horas do sábado devem ser condizentes com o espírito sagrado desse dia.

Restaurantes e alimentação. A recomendação de que o alimento deve ser provido com a devida antecedência (Êx 16:4, 5; 22-30) significa que ele deve ser comprado fora das horas do sábado, e que a frequência a restaurantes comerciais nesse dia deve ser evitada.

Medicamentos. A compra de medicamentos durante o sábado é aceitável em situações emergenciais (cf. Lc 14:5), e imprópria quando a pessoa já os necessitava, e acabou postergando sua compra para esse dia.

Estágios e práticas escolares. O quarto mandamento do Decálogo (Êx 20:8-11) desabona a realização de atividades seculares no sábado, que gerem lucro ou benefício material. Envolvidos em tais atividades estão os programas de planejamento e preparo para a vida profissional, incluindo a frequência às aulas e a participação em estágios, simpósios, seminários e palestras de cunho profissional, concursos públicos e exames seletivos. Em caso de confinamento para a prestação de exames após o término do sábado, as horas desse dia devem ser gastas em atividades espirituais.

Escolha e exercício da profissão. A estrutura da sociedade em geral nem sempre favorece a observância do sábado, e acaba disponibilizando profissões e atividades que, embora sejam dignas, dificultam essa prática. Os adventistas do sétimo dia devem escolher e exercer profissões condizentes com a devida observância do sábado. Somos advertidos de que, se alguém, “por amor ao lucro, consente em que o negócio em que tem interesses seja atendido no sábado pelo sócio incrédulo, esse alguém é tão culpado quanto o incrédulo; e tem o dever de dissolver a sociedade, por mais que perca por assim proceder” (Evangelismo, p. 245).

Instituições de serviços básicos. A orientação de não fazer “nenhum trabalho” durante o sábado (Êx 20:10) indica que os observadores do sábado devem se abster de trabalhar nesse dia, mesmo em instituições seculares de serviços básicos. Instituições denominacionais que não podem fechar aos sábados (cf. Jo 5:17), incluindo os internatos adventistas, devem ser operadas nesse dia por um grupo reduzido e em forma de rodízio.

Atividades médicas e de saúde. Existem situações emergenciais que os profissionais da saúde devem atender, com base no princípio de que “é lícito curar no sábado” (Lc 14:3). Os hospitais adventistas necessitam dos préstimos de uma equipe médica, de enfermagem e de outros serviços básicos para o funcionamento nas horas do sábado. Mas os plantões rotineiros, tanto médicos quanto de enfermagem, em hospitais não adventistas, são impróprios para as horas do sábado. (Ver Ellen G. White Estate, “Conselhos de Ellen G. White Sobre o Trabalho aos Sábados em Instituições Médicas Adventistas e Não Adventistas”, em
www.centrowhite.org.br.)

Projetos assistenciais. Cristo disse que “é licito, nos sábados, fazer o bem” (Mt 12:12). Isso significa que “toda atividade secular deve ser suspensa, mas as obras de misericórdia e beneficência estão em harmonia com o propósito do Senhor. Elas não devem ser limitadas a tempo ou lugar. Aliviar os aflitos, confortar os tristes, é um trabalho de amor que faz honra ao dia de Deus” (Beneficência Social, p. 77). Portanto, é lícito nas horas sagradas do sábado visitar enfermos, viúvas e órfãos, encarcerados e compartilhar uma refeição. Ações sociais que podem ser realizadas em outro dia não devem tomar as sagradas horas do sábado.

Atividades missionárias. O apóstolo Paulo usava o sábado para persuadir “tanto judeus como gregos” acerca do evangelho (At 18:4, 11; cf. 17:2), demonstrando a importância de se reservar um tempo especial nesse dia para atividades missionárias. Sempre que possível, os membros da família devem participar juntos dessas atividades, para desfrutar a socialização cristã e desenvolver o gosto pelo cumprimento da missão evangelística.

Como adventistas do sétimo dia, somos convidados a seguir o exemplo de Deus ao descansar no sétimo dia da semana da criação (Gn 2:2-3; Êx 20:8-11; 31:13-17; Hb 4:4-11), de modo que o sábado seja, para cada um de nós, um sinal exterior da graça de Deus e um canal de Suas incontáveis bênçãos. 

 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

QUAL O PROPÓSITO DA ORAÇÃO? por Dan Smith

Jim Thomas parecia seguro de que a oração não levava a nada.

Jim estava no último ano do ensino secundário. Ele orava cada dia e isso já por dois anos. Ele orava especificamente por alguma coisa. Ele orava com grande fé, mas nada acontecia. Assim, Jim chegou à conclusão fatal: a oração simplesmente não funciona. Então ele deixou de orar. Nada que eu tentasse poderia fazê-lo orar de novo.

O que você teria dito a Jim?

As perguntas mais difíceis acerca de Deus normalmente são aquelas relacionadas à oração.

Se Deus já sabe, por que então dizer-Lhe o que queremos ou precisamos?

Se Ele já é bom, por que então temos de orar a fim de persuadi-Lo a fazer alguma coisa?

Se, no Grande Conflito, Ele já decidiu que algum mal tem de existir, por que então temos de Lhe pedir que mude essa linha de conduta?

Por que não ocorrem mais milagres e respostas às orações? Seria por que não estamos orando o bastante? Com suficiente fé? Ou não há pessoas suficientes orando?

Debati-me com essas questões por anos, mas elas se tornaram ainda mais reais durante meu primeiro verão depois da faculdade. Eu era um jovem pastor em Portland, Oregon, ajudando numa série de conferências evangelísticas. As reuniões não começaram muito bem. Quase ninguém vinha assisti-las. Cada noite tínhamos de retirar algumas cadeiras para que o salão não parecesse tão vazio. Cada manhã derramávamos nossa alma em oração perante Deus, clamando para que Ele enviasse as pessoas. Então eu me cansei. É claro que Deus queria que as pessoas viessem, mesmo antes de orarmos. É claro que Ele já estava tentando fazer com que as pessoas viessem. E é claro que Ele não iria trazê-las contra a sua vontade. Qual seria, então, o propósito de nossas orações?

Assim, tenho nos últimos trinta anos tentado encontrar respostas a todas as minhas perguntas, e às milhares de outras perguntas que os membros de minha igreja têm feito ao lado dos leitos dos hospitais, em velórios e após cada desastre. Aqui estão algumas das conclusões a que consegui chegar:

1. A oração serve primeiramente para solidificar nosso relacionamento com Deus. Orar não é como colocar moedas num daqueles fonógrafos automáticos para ouvir música, ou pedir a Deus, como a um “gênio” celestial, que faça alguma mágica para nós. Deus está interessado em relacionamentos (“Eu os tenho chamado amigos”, João 15:15). A oração se destina ao louvor, ao culto, à comunicação, a ouvir e “estar” com Deus. Eu desligo o som do automóvel e então oro, ou me tranco em meu banheiro apenas para estar com Deus.

2. Deus é constante. Seja qual for a nossa teologia da oração, ela não pode desfazer todas as nossas outras crenças acerca de Deus. Deus é infinita e perfeitamente bom. A oração não pode persuadi-Lo a ser melhor do que Ele já é. Ele sabe o que é melhor e o deseja para nós. Ele veio para dar vida e vida mais abundante. Ele não é como um ladrão, roubando ou tirando vidas (João 10:10). Deus é o rei que estendeu o cetro para Ester; é o pai que espera pelo filho pródigo; é Aquele que disse à mulher apanhada em adultério: “Nem Eu tampouco a condeno. Agora vá e não peque mais” (João 8:11). Seu amor, graça e perdão são constantes (Romanos 8:38-39; Malaquias 3:6; Hebreus 13:8).

Uma das minhas primeiras conclusões foi que Deus não passa a agir mais rapidamente só por causa da oração. João 5:17 em diante diz que Deus, o Pai, e o Filho estão constantemente trabalhando. Eles, de fato, nunca descansam. Ninguém pode jamais se achegar a Deus e acusá-Lo de estar retendo os recursos divinos. Deus já deu tudo o que tinha!

3. A oração serve para mudar o homem, não a Deus. Se Deus é a constante, então nós temos de ser as variáveis. Se a oração não pode tornar Deus melhor, mais sábio, mais bem-informado, ou fazê-Lo trabalhar mais; e se a oração, de fato, opera e muda as coisas, então ela serve para mudar o homem. Nós somos as variáveis. Assim, a oração faz com que estejamos mais dispostos, mais conscientes e mais envolvidos. Aqueles dentre vocês que partilham da mesma tradição religiosa que eu vão facilmente reconhecer estas famosas palavras: “A oração não se destina a efetuar qualquer mudança em Deus, deve elevar-nos à harmonia com Ele”.1 “Não que seja necessário a fim de tornar conhecido a Deus o que somos; mas sim para nos habilitar a recebê-Lo. A oração não faz Deus baixar a nós, mas eleva-nos a Ele”.2

4. A oração nos sintoniza com a sabedoria e o poder de Deus. Jesus disse que Ele envia o Sol e a chuva sobre o justo assim como sobre o injusto (Mateus 5:43-48). Mas, o Sol seria sem valor se você não saísse e o desfrutasse. A graça de Deus é constante — a oração abre o nosso coração e alma a fim de podermos recebê-la. Orar pelos outros faz com que nos tornemos canais de graça e poder para eles. Ouvimos os sussurros divinos, Suas sugestões para chamar alguém, para ir e gastar tempo com outrem, ou para apoiar financeiramente um projeto missionário.

Permitam-me contar-lhes a história de Doug Coe, o qual ensina as pessoas a orar. Ele disse a Bob, um recém-convertido e inexperiente crente em termos de oração, a orar por alguma coisa todos os dias durante seis meses, e se nada acontecesse ele lhe daria US$500. Bob aceitou e decidiu orar por um país. O Quênia foi escolhido. Depois de alguns meses, ele se assentou próximo a uma senhora durante um jantar, e perguntou-lhe o que fazia. Ela dirigia um orfanato no Quênia. Naquele instante Bob percebeu que perdera os US$500! Acabou voando para lá e ajudando o orfanato; em seguida, começou a coletar suprimentos em indústrias farmacêuticas e médicas para os órfãos. Ele se encontrou com o presidente do país e outras autoridades, e exerceu um profundo impacto no Quênia. É assim que a oração funciona!

5. A oração coloca nossa vontade em harmonia com a vontade de Deus. A vontade de Deus é perfeita e nós ainda estamos em fase de crescimento. Portanto, Deus é a constante e nós as variáveis. A oração é o método pelo qual permitimos que Deus opere em nosso coração para realinhar os nossos pensamentos e escolhas de acordo com a Sua vontade. “Agrade-se do Senhor, e Ele satisfará os desejos do seu coração” (Salmo 37:4). Deus recalibra nossos desejos e então podemos orar por qualquer coisa que queiramos, sabendo que oramos por aquilo que Ele deseja nos dar (Filipenses 2:12-13).

6. Não podemos jamais usar a oração para redefinir o grande conflito entre o bem e o mal. Apocalipse 7:1-4 deixa bem claro que Deus definiu uma linha onde Ele limita o mal, mas nos últimos dias Ele começará a mover essa linha, permitindo que todo o Universo veja as conseqüências do mal. Não deveríamos usar a oração para tentar fazer com que Deus repense essa linha, como se soubéssemos melhor onde ela deveria estar. “O Senhor nosso Deus é justo em tudo o que faz” (Daniel 9:14).

7. Deus opera por meio de pessoas para responder à oração intercessória. Esse é o aspecto mais desafiador acerca da oração. Se a oração não muda a Deus, então por que orar? Seria a oração apenas uma estratégia psicológica, processo de auto-sugestão ou pensamento positivo? Não, de forma nenhuma! A oração faz uma grande diferença, e não se trata da prática de jogos mentais. A oração envolve a Deus e muda a dinâmica do Universo. Ela não persuade a Deus a ser melhor do que Ele já é.

O Grande Conflito que ocorre no mundo envolve dois “exércitos” — Deus e as forças celestiais, e Satanás e seus aliados aqui em baixo. Se admitirmos que Deus é bom, constante, e que já está operando no máximo dos Seus limites no conflito, então a oração não vai, realmente, mudar esse lado do problema. Não há como.

Mas ela pode mudar o lado humano e terreno do problema. Quando oramos, dispomos o nosso coração, nossos bens, nosso tempo e energias à Sua vontade. Deus tem em Suas mãos agora recursos de que nunca dispôs antes. Se os 1,5 bilhões de cristãos se envolverem, se entusiasmarem e ficarem apaixonados para estabelecer o reino de Deus “na Terra assim como ele é no Céu,” o mundo vai mudar. As forças do mal haverão de recuar. Aliamo-nos a Deus para “mover montanhas.” Ofertas generosas serão dadas, as pessoas se recusarão a aceitar o status quo; elas se lançarão às missões evangelísticas; formarão forças-tarefa para energizar sua igreja; encontrarão respostas para os problemas dos pobres e necessitados na sua área. Elas lutarão por justiça social. E o mundo vai mudar.

A oração muda a Deus? Sim! A oração não muda o caráter de Deus ou o Seu coração, mas dá a Ele novas oportunidades de operar Suas maravilhas. O mundo se torna um lugar melhor e as pessoas vêem os efeitos das ações divinas. Então a “pedra” de Daniel 2:44-45 começa a crescer, e o reino de Deus se torna poderoso tanto local quanto mundialmente. É isso o que a oração pode fazer.

Utilizo três analogias que me têm ajudado a entender melhor a oração: (1) o modelo das ondas. Se você joga uma pedra numa represa, ela provoca a maior onda exatamente no “ponto zero,” e as ondas então se espalham até atingirem a margem. Da mesma forma, quando oramos, abrimos nosso coração a Deus, e Ele produz o maior impacto no “ponto zero,” em minha vida. Mas, porque vivo em solidariedade com minha família, quando mudo é provável que eles também o façam. Porque sou pastor de uma grande igreja, posso pregar melhor e influenciar os membros, e eles podem se espalhar pelo mundo e, quem sabe, fazer a diferença por onde forem. Mas, se eu apenas oro individualmente pelo presidente de certo país, o impacto pode ser bem pequeno. (2) A mesma teoria funciona com bolas de bilhar: ao impelir a bola branca, ela vai bater numa bola apenas, mas as demais, em solidariedade, se espalham por toda a mesa. É isso o que acontece quando Deus muda a vida de uma pessoa por meio da oração. (3) A Internet: a rede é feita de milhares de servidores. Quanto mais servidores, mensagens mais rápidas poderão se espalhar pelo mundo quase que instantaneamente. Quando os grandes servidores deixam de operar, as mensagens se movem mais vagarosamente e não chegam a todas as partes. Cada cristão é um servidor. Quanto mais cristãos orarem, maior a rede através da qual Deus pode encontrar doadores e recebedores, isto é, mais possibilidades de milagres.

Tony Campolo conta uma história muito interessante. Ele devia falar numa instituição pentecostal de ensino superior. Antes de começar, um grupo de pessoas o rodeou, puseram-lhe as mãos sobre cabeça e oraram. Um quartanista de teologia fez uma longa oração sobre uma família que ele conhecera pela manhã. O esposo estava deixando o lar. O jovem descreveu o lugar onde conversara com a família, o endereço, tudo. Campolo queria que ele fosse direto ao ponto. Após o sermão, ao estar voltando para casa, Campolo deu carona a alguém que estava à beira do caminho. Ao perguntar-lhe o nome, “Charlie Stolsis” foi a resposta, o mesmo nome mencionado na oração horas antes. Campolo deu meia-volta com o carro e Stolsis perguntou-lhe onde estava indo. “Vou levá-lo para casa.”

“Como você sabe onde moro?”

“Deus me contou! Você deixou sua esposa esta manhã, não deixou?”

“Como você sabe isso?”

“Deus me contou!”

Campolo levou-o direto para casa, entrou e os conduziu a Cristo. Hoje Stolsis é um pastor!

É assim que a oração funciona — um irmão tinha um problema, conhecia a necessidade e orou, Campolo ouviu a oração e seu coração se abriu; Deus encontrou a resposta certa para aquela necessidade, e o milagre aconteceu. Tudo por meio da oração, mas sem a teologia de que a oração deve mudar a Deus ou fazê-Lo melhor do que Ele já é!

É assim que tenho agido até agora! Eu adoraria ouvir o testemunho de vocês. O assunto não é fácil — como manter uma vida de oração poderosa, capaz de mudar o mundo — mas sem alterar o caráter de Deus. Faça-me saber o que você pensa. Que Deus o abençoe!

Dan Smith é o pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia no campus da Universidade de La Sierra, em Riverside, California, EUA. Este artigo foi adaptado de seu livro Lord, I Have a Question: Everything You Ever Wanted to Ask God but Were Afraid to Say Out Loud (Nampa, Idaho: Pacific Press Publishing Association, 2004). Seu e-mail: dsmith@lasierra.edu.

REFERÊNCIAS

1. Ellen G. White, Christ’s Object Lessons (Washington, D.C.: Review and Herald Publ. Assn., 1941), p. 143.

2. White, Steps to Christ (Mountain View, California: Pacific Press Publ. Assn., 1956), p. 93.
 
     


segunda-feira, 28 de março de 2011

O começo....

            A Igreja Adventista do 7º dia de Itaquaquecetuba iniciou em 03 de Abril de 1976, como uma série de Conferência  na Rua João Vagnotti, 229 - Centro, no munícipio de Itaquaquecetuba -SP com a direção do Pastor Alcides Campolongo, conferencista da Associação Paulista Leste.
            Ao inicio da série foi realizado um curso de " Como deixar de fumar em 5 dias", com a orientação de vários médicos especialistas,em seguida houve uma sequência  com palestras referentes à Felicidade no Lar e doutrinas Bíblicas.
           Na preparação desta conferência tivemos ajuda dos irmãos da IASD São Miguel Paulista e IASD Itaim, alguns familiares adventista já resistentes no municipio e dos obreiros bíblicos. Esta  série de conferencia foi coroada de exito com um belissimo batismo realizado no dia 27 de Novembro de 1976, no municipio de Guarulhos -SP, no qual foram batizados cerca de 150 almas, sendo 88 de Itaquaquecetuba.


A primeira Santa Ceia se deu no dia 04 de Dezembro de 1976, com a participação de 133 irmãos, sendo oficiante o Pastor Alcides Campolongo.
     



     Em 26 de dezembro de 1976 o Pastor Alcides realizou o  segundo batismo no bairro da Ponte Rasa, onde vários irmãos de Itaquá foram batizados.

        No dia 21 de Fevereiro de 1977 é votado pelo voto de nº 60/77 da Associação Paulista do Igreja Adventista do Sétimo Dia, a formação do Grupo de Itaquaquecetuba. As reuniões eram realizadas no BAndeirantes Atlético Clube, sentiu- se a grande necessidade de ter um local próprio para a Igreja. A Associação Paulista Leste comprou um terreno de 1000 m², na rua Frutal no dia 31 de Maio de 1978. Neste ano foi batizadas 22 pessoas. Liderado pelo Pr. Paulo   Elci Marski até o ano de 1981, onde o Pastor João batisto começo a liderar a igreja que realizava as reuniões na rua Araraquara, 243, em 1984 o Pr.Jahir Ferrari junto com a Associação começou a ver a possibilidade de construir o templo. Em 1986 o Pr. Berengar Adolfo Dammann começa a liderar a igreja e solicitando a associação uma verba para a construção da igreja, no mesmo ano o Pr. Marcelo de Paulo começa a lidera a igreja ainda sediada na Rua Araraquara, 243. No dia 21 de fevereiro de 1986, foi votado pela comissão a venda ou a troca do terreno devido a ele ser muito extenso.No mesmo ano o Pr. Antonio Palma propoe uma série de " Seminário do Apocalipse"
No ano de 1987, foi levado o projeto da construção do templo para o Eng. Eduardo da Associação Paulista. No mês de setembro fica pronta a topográfia, o engenheiro começa a desenhar a planta do templo. O pastor traz o projeto para ser votado pela comissão. Em janeiro de 1988 se da inicio a construção do templo .
           Em 17 de setembro de 1988, houve o lançamento da pedra fundamental da Igreja Adventista de Itaquaquecetuba.
No Ano de 1989 sob a lideração do Pr. Aguinaldo Mozart, é realizado uma série de evangelismo no bairro do Aracaré. Onde o evangelho foi pregado.